De acordo com dados da
II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e
Distrito Federal em 2008, o Brasil apresenta baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo entre as
crianças menores de seis meses de idade,
baixa duração do aleitamento materno total, introdução precoce de alimentos e
hábitos alimentares não saudáveis na idade de 6 a 12 meses.
Com o objetivo de mudar essa realidade, o
Ministério da Saúde instituiu a Estratégia Nacional para Promoção do
Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no Sistema Único de
Saúde (SUS) -Estratégia Amamenta Alimenta Brasil (EAAB).
Essa estratégia pretende,
principalmente, contribuir para a redução de práticas desestimuladoras da
amamentação e alimentação complementar saudável nas UBS, como a propaganda
desenfreada de produtos que possam vir a interferir na alimentação saudável de
crianças menores de dois (2) anos; contribuir para a formação de hábitos
alimentares saudáveis desde a infância; contribuir para o aumento da
prevalência de crianças amamentadas de forma exclusiva até os seis meses de
idade; contribuir para o aumento da prevalência de crianças amamentadas até os
dois anos de idade ou mais; contribuir para a diminuição da prevalência de
crianças que recebem alimentos precocemente; contribuir para o aumento da
prevalência de crianças que consomem frutas, verduras e legumes diariamente;
contribuir para a diminuição de crianças que recebem alimentos não saudáveis e
não recomendados antes dos dois anos de idade; contribuir para a melhora no
perfil nutricional das crianças, com a diminuição de deficiências nutricionais,
de baixo peso e de excesso de peso.
O feto recebe os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento via placenta, uma condição
interrompida durante o parto. A partir daí, durante os primeiros meses de vida, a criança
pode ser nutrida apenas pelo leite materno. A composição do leite
está em acordo com as necessidades metabólicas para o crescimento do recém-nascido.
O leite, independentemente da espécie
considerada, é um alimento natural quase completo do ponto de vista
nutricional, por conter proteínas, lipídeos, carboidratos, sais minerais e
vitaminas. Porém,os conteúdos de Fe++ e Cu++ são relativamente baixos, talvez insuficientes para
suprir as necessidades de crescimento da criança após alguns meses de idade,
podendo levar a anemia característica por falta deste elementos.
Por conta dessa riqueza
nutricional, o leite materno traz diversos benefícios para o bebê. Por conter determinados elementos
que o leite em pó não consegue incorporar,
tais como anticorpos e glóbulos brancos, ele protege o bebê contra certas doenças e infecções. Além disso, tem papel importante na prevenção de otites, vômitos, diarreia, alergias, pneumonias, bronquites, entre outros.
tais como anticorpos e glóbulos brancos, ele protege o bebê contra certas doenças e infecções. Além disso, tem papel importante na prevenção de otites, vômitos, diarreia, alergias, pneumonias, bronquites, entre outros.
As proteínas correspondem a 1,5% da
composição do leite humano. As principais proteínas do leite são a caseína e a
B-lactoglobulina, que não são encontradas em outros tecidos ou fluidos
biológicos. Essas duas proteínas apresentam características importantes
nutricionalmente, ao passo que fornecem, em quantidades suficientes, todos os
aminoácidos necessários ao desenvolvimento do bebê, inclusive os
essenciais. É fundamental que uma dieta
seja balanceada em termos de aminoácidos, já que eles não são armazenados na
forma livre para futuros usos e todos precisam estar presentes para assegurar a
síntese de proteínas. Várias outras proteínas são encontradas no leite materno,
em pequenas quantidades, entre elas os anticorpos, albumina e diversas enzimas
importantes.
O que poucos sabem é que amamentar
também traz vários benefícios para a mãe: Amamentar faz queimar calorias e por
isso ajuda a mulher a voltar, mais depressa, ao peso que tinha antes de
engravidar, protege do câncer de mama
que surge antes da menopausa. Além disso, amamentação exclusiva protege da
anemia (deficiência de ferro), pois as mulheres que amamentam demoram mais
tempo para ter menstruações, por isso as suas reservas de ferro não diminuem
com a hemorragia mensal.
O exposto evidencia a grande importância da amamentação, o que justifica e mostra a necessidade da existência do Programa Amamenta e Alimenta Brasil, que busca incentivar essa amamentação.
Fontes:
http://www.leitematerno.org/porque.htm
http://rbi.fmrp.usp.br/nutricao/BIOQUIMICA_DO_LEITE.pdf
http://www.medlearn.com.br/ministerio_saude/atencao_basica/cadernos_atencao_basica_33_saude_crianca_crescimento_desenvolvimento.pdf
É interessante o mecanismo escolhido para a formação de tutores para esse programa em todo os Brasi. a, a Coordenação-Geral da CGAN e a Área Técnica financiam diretamente a realização de oficinas em todos os estados da federação com envio de facilitadores para replicação da oficina e todo o material de apoio para a realização da ação. Assim, a oficina é feita e replicada, e passada adiante nas diversas UBS. O Programa tem tido bons resultados, com um grau de implantação de 89% das etapas dependentes do Estado e 100% a dependentes do Governo Federal
ResponderExcluirA questão do aleitamento materno, como bem informou a postagem, vai bem mais além do que o suprimento de certas questões fisiológicas e nutricionais das crianças, extrapolando as questões físicas e partindo para as afetivas. Dessa forma, o aleitamento permite, além da garantia de desenvolvimento adequado da criança, a aproximação do bebê com sua mãe. Outro ponto interessante e abordado na postagem é a deficiência que o leite materno possui quanto aos íons de cobre e ferro. O cobre é importante pois vai constituir o complexo quatro da cadeia de transporte de elétrons mitocondrial, auxiliando na produção de ATP e no armazenamento de energia. O Ferro também vai entrar na composição desses complexos compondo os complexos Ferro – Enxofre, e além disso, vai compor a molécula de hemoglobina, que é responsável pelo transporte de gases no sangue. Dessa forma, é importante saber se o bebê está com deficiências nesses minerais para que não ocorram problemas futuros.
ResponderExcluirA importância da amamentação já foi bem discutida em outros blogs e postagens anteriores, mas pela sua relevância para a saúde da criança é sempre bom buscar novas informações, e nessa postagem vemos que o Brasil tem programas também voltados para o incentivo a amamentação da criança no tempo certo. Esse tipo de programa tem tido resultados muito bons revelados por pesquisas feitas nos últimos anos em que mostra-se a diminuição dos casos de desmame precoce em bebes até seis meses de idade. Resultado do sucesso deles, é o fato de que o Brasil hoje tem sistema de banco de leite materno no mundo.
ResponderExcluirÉ necessário também frisar que o programa citado não é o único voltado para tal temática. O desmame precoce e suas conseqüências têm levado vários órgãos a tomarem iniciativas de estímulo à amamentação. Entre as iniciativas brasileiras bem sucedidas, podemos citar o “Alojamento Conjunto”, o método "Mãe-Canguru”, a “Iniciativa Hospital Amigo da Criança”, além dos projetos “Carteiro Amigo” e “Bombeiros Amigos da Amamentação”. A amamentação recebeu proteção também através das “Normas para Comercialização de Alimentos para Lactentes” aprovada em 1988 pelo Ministério da Saúde e publicada no Diário Oficial da União sob a lei federal de no. 11.265 de 03 de janeiro de 2006. Estas experiências comprovam que soluções criativas podem potencializar a disseminação e divulgação no Brasil das informações sobre a importância e vantagens do aleitamento materno.
ResponderExcluirEntre outras vantagens da amamentação para a mãe destaca-se ainda a diminuição da ocorrência de diabetes e osteorporose; o vínculo afetivo é estimulado, resultando em menos abandono, abuso e negligência no cuidado com as crianças, a amamentação é mais prática, facilitando a rotina diária; o leite no peito não estraga, está na temperatura ideal; o custo de uma dieta para a mãe que amamenta é inferior ao custo de alimentar um bebê com leites industrializados; não há necessidade de comprar utensílios para alimentar o bebê, economizando-se água, combustível; e os gastos com consultas médicas, remédios, exames laboratoriais e hospitalizações são reduzidas e as mães e seus bebês mais saudáveis.
ResponderExcluirVale lembrar que a amamentação é benéfica tanto para a crianças quanto para a mãe. A mãe que amamenta perde peso, sendo este fato de grande ajuda na redução das gorduras ganhas durante a gravidez. Além disso, é comprovado que bebês amamentados são mais saudáveis e mais resistentes do que aqueles que não receberam leite materno ou que receberam leite de outros animais.
ResponderExcluirMuito bom o programa, sem duvidas, faz bem alimentar, tanto para a mãe, que tem a oportunidade de se relacionar com o filho, como para o filho, que pode crescer saudável. Mas e interessante ter atenção para a qualidade nutricional da mãe também. É essencial que ela consuma certos nutrientes e vitaminas, alem de proteínas que serão incorporados no leite materno. A amamentação exclusiva também é muito importante até os seis meses, ja que uma alimentação não balanceada como o leite materno pode gerar disfunções de desenvolvimento que serão mantidos para o resto da vida do bebê.
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