O estilo de vida da sociedade moderna tem gerado um padrão alimentar que, em conjunto com o sedentarismo, é desfavorável à saúde do povo. A Política Nacional de Alimentação e Nutricão, do Departamento de Atenção Básica, tem, entre seus objetivos, a promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis. Logo, o tratamento e a prevenção da obesidade apresentam-se como grandes desafios.
A obesidade apresenta as
mais diversas causas, porém, no post de hoje será avaliada, principalmente, a
relação da glicose, da insulina e do glucagon com essa doença. São também
diversas as consequências advindas da obesidade. Entre elas, destaca-se o
diabetes, o aumento de colesterol, e o aumento dos riscos de doenças
cardiovasculares.
Insulina e glucagon são
hormônios fundamentais para o metabolismo da glicose e são gerados por células
especializadas do pâncreas, as Ilhotas Pancreáticas ou ilhotas de Langerhans.
Esses dois hormônios possuem ação contrária no organismo. Logo depois de uma
refeição rica em carboidratos, a glicose que vai para o sangue estimula o
aumento da produção de insulina. Essa insulina então, estimula o armazenamento
e a utilização da glicose principalmente pelos músculos, pelo tecido adiposo e pelo
fígado.
Entre os principais papeis
da insulina, destaca-se a inibição do uso de ácidos graxos e estimulação do
depósito desses ácidos no tecido adiposo, o aumento da entrada de glicose nas
células, e a inibição da gliconeogênese, já que a insulina reduz a atividade
das enzimas hepáticas participantes da gliconeogênese.
Numa situação de ausência ou
baixa quantidade de carboidratos na dieta a secreção de insulina diminui. Essa
redução ativa a lípase sensível a hormônios e provoca a mobilização acelerada
dos ácidos graxos e sua metabolização, o que diminuiria o armazenamento de
gordura.
Porém, quando a quantidade de glicose que chega às células hepáticas supera a que pode ser armazenada como glicogênio, que é o que geralmente ocorre com pessoas obesas ou que estão “se encaminhando” para a obesidade, a insulina promove a transformação desse excesso de glicose em ácidos graxos. Tais ácidos são, então, armazenados como triglicerídeos nas lipoproteínas de densidade muito baixa, transportados até o tecido adiposo e lá depositados como gordura, contribuindo para a obesidade.
Porém, quando a quantidade de glicose que chega às células hepáticas supera a que pode ser armazenada como glicogênio, que é o que geralmente ocorre com pessoas obesas ou que estão “se encaminhando” para a obesidade, a insulina promove a transformação desse excesso de glicose em ácidos graxos. Tais ácidos são, então, armazenados como triglicerídeos nas lipoproteínas de densidade muito baixa, transportados até o tecido adiposo e lá depositados como gordura, contribuindo para a obesidade.
Já o glucagon é liberado
quando a glicemia está baixa. Ele tem o efeito de aumentar a concentração sanguínea de glicose por
conta da decomposição do glicogênio (glicogenólise)e do aumento da
gliconeogênese. Faz isso através da ativação
da enzima fosforilase, que fraciona as moléculas de glicogênio do fígado em
moléculas de glicose, que vão para o sangue, aumentando a glicemia.
Decorre também da relação insulina\glicogênio
a ocorrência da diabetes tipo 2 em obesos. Isso, pois quando há excesso de
glicose no sangue, o pâncreas precisa produzir uma quantidade maior de
insulina. Logo quanto maior a glicemia sanguínea, mais o pâncreas trabalha para
produzir a insulina necessária.
O corpo humano reage a esse aumento de insulina com a redução do número dos receptores de hormônio. Isso pode desencadear um quadro de resistência à insulina. Em certo momento, o pâncreas não consegue mais aumentar a quantidade de insulina produzida, a partir de então pode ocorrer uma lesão nas células β e o número de insulina decresce. Dessa forma, o indivíduo apresentará um quadro de baixa insulina e alta glicose sanguínea, surgindo assim a diabetes tipo 2.
O corpo humano reage a esse aumento de insulina com a redução do número dos receptores de hormônio. Isso pode desencadear um quadro de resistência à insulina. Em certo momento, o pâncreas não consegue mais aumentar a quantidade de insulina produzida, a partir de então pode ocorrer uma lesão nas células β e o número de insulina decresce. Dessa forma, o indivíduo apresentará um quadro de baixa insulina e alta glicose sanguínea, surgindo assim a diabetes tipo 2.
A imagem abaixo representa como a Atenção Básica se organiza no sentido de tratar a obesidade e seus agravos.